sábado, 19 de fevereiro de 2011
JANELAS
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JANELAS
Avelina Maria Noronha de Almeida
Janelas
tão diferentes...
simples ou atraentes...
Janelas.
Janelas caprichosas,
como iluminuras
em tempos de aventuras...
Preciosas!
Janelas alegres e coloridas,
docemente amorosas,
olorosas,
enfeitadas, floridas.
Janelas que o artista fez,
tão delicadas
e trabalhadas:
janelas de "Era uma vez..."
Janelas das prisões,
cruéis, estigmatizadas,
impregnadas
de humilhações.
Janelas feridas
pela passagem dos anos,
pelos desenganos,
esquecidas...
Janelas abandonadas
toscas,
de vidraças foscas
e manchadas.
Janelas altivas,
gradeadas,
de almas encarceradas,
mortas-vivas.
Janelas sofredoras,
marcadas, raquíticas,
sifilíticas,
com nódoas de passadas dores.
Janelas fechadas
ocultando medos
e segredos,
misteriosas, enevoadas.
Pálidas, desbotadas...
Ah! janelas de fim de tarde,
onde a paixão já não arde,
são águas passadas...
Como em espelho refletida,
em todas as janelas,
sem atrativos ou belas,
a imagem da humana vida...
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Lindo Poema emoldurando uma Poesia manifesta!!! Aplausos!
ResponderExcluirAbraços!
Muito, muito agradecida!
ExcluirAvelina