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VAGA-LUME
Avelina Maria Noronha de Almeida
Sonhei brilhar no mundo do Poeta
que, de astros cheio, encantador, reluz...
ser da palavra primorosa esteta,
algo de belo e bom, calor ou luz.
Ó ilusório, ó doloroso anseio!
Inatingido ideal! Vaso de barro
apenas sou, de tosca forma e feio
- não taça de cristal, nem rico jarro.
Não gerei poema ou verso condoreiro,
nem sou cálida chama de um luzeiro
- mas cárcere de idéias, frágil lume.
Em vez de alçar um vôo, andei de rastro:
tentei da Via-Láctea ser um astro
nada mais sou que um pobre vaga-lume.
que, de astros cheio, encantador, reluz...
ser da palavra primorosa esteta,
algo de belo e bom, calor ou luz.
Ó ilusório, ó doloroso anseio!
Inatingido ideal! Vaso de barro
apenas sou, de tosca forma e feio
- não taça de cristal, nem rico jarro.
Não gerei poema ou verso condoreiro,
nem sou cálida chama de um luzeiro
- mas cárcere de idéias, frágil lume.
Em vez de alçar um vôo, andei de rastro:
tentei da Via-Láctea ser um astro
nada mais sou que um pobre vaga-lume.
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