sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
FRAQUEZA
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FRAQUEZA
Avelina Maria Noronha de Almeida
Somos, na inquietação do mundo em que vivemos,
uma sombra que passa e que desaparece,
um átomo lutando até que a vida cesse
e para algum lugar ignoto retornemos.
Entre risos e pranto, entre a revolta e a prece,
vamos vivendo, assim, paradoxais extremos:
ora chorando a dor acerba que sofremos,
ora cantando o bem que cedo desvanece.
E, na instabilidade infinda deste mundo
de emboscadas repleto, às vezes desejamos
da longa estrada o fim – o repousar profundo,
mas, ouvindo da morte os passos cruéis, fatais,
numa angústia insofrida, em ânsia, suplicamos
a Deus a graça de viver um pouco mais.
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