terça-feira, 8 de março de 2011
NOSTALGIA I
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NOSTALGIA I
Avelina Maria Noronha de Almeida
- Olha a renda do Baiano!
- Olha a renda do Baiano!
Dos tempos passados
ele surge.
Vem pela rua,
curvado
ao peso
da sacola
de quinquilharias,
rendas dependuradas
no pescoço.
- Olha a renda do Baiano!
Ah! Baiano...
Quero comprar tuas rendas,
que hoje não se encontram iguais...
(Já não se fazem rendas como antigamente!)
Quando vejo a fímbria do horizonte
rendadinha de branco,
eu me pergunto:
- Será que as fiandeiras do dia
são freguesas do Baiano?
segunda-feira, 7 de março de 2011
NOSTALGIA II
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NOSTALGIA II
Avelina Maria Noronha de Almeida
As ruas se agitam curiosas
e enfeitam suas janelas de gente
pra ver o Bloco da Falação.
De repente, barulho de caixa.
Gritaria. Confusão.
Grandes bonecos,
encantamento
ou medo
na criançada.
Quem se esconde atrás da máscara?
Olhem o Gordo e o Magro!
De fraque,
calça riscada,
gravatinha e cartola
o Braz discursa,
discursa
e termina inflamado:
- Falei, tá falado!
NOSTALGIA III
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NOSTALGIA III
Avelina Maria Noronha de Almeida
A um querido e antigo
seresteiro de minha terra
A noite vai adiantada.
Sopra um ventinho leve...
Noite boa para uma serenata do
João Salgado!
A lua está dedilhando sua lira de prata.
Vem, Trovador!
Deixa um pouco os anjinhos de teu coral
celestial,
pega o violão de ouro,
que teus seresteiros te esperam...
Quero ouvir, pelas ruas sossegadas,
de janelas fechadas,
a melodia saudosa:
“Boa noite,
diga ao menos: boa noite!
Abra ao menos a janela,
pois cantamos pra você...”
DELÍRIOS DA INFÂNCIA
domingo, 6 de março de 2011
CRUELDADE
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