
MÃE TERRA
Avelina Maria Noronha de Almeida
No milagre da vida tens, Mãe Terra,
exilada de ti, uma porção
de átomos, neste meu corpo que encerra
a luz, o sonho, a pedra, a podridão...
És minha herança e és meu testamento
entre as tramas dos genes e da raça:
és também desafios que eu enfrento,
és verde relva, és água que me abraça.
Quando eu morrer, meus ossos, meus cabelos,
meu cérebro, meu sangue, e tudo enfim
teu ventre se abrirá a recebê-los,
e tu, que és mãe tão boa e generosa,
farás brotar meu corpo em um jasmim
ou na forma suave de uma rosa.
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