domingo, 17 de maio de 2009

VAGA-LUME


















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VAGA-LUME
Avelina Maria Noronha de Almeida

Sonhei brilhar no mundo do Poeta
que, de astros cheio, encantador, reluz...
ser da palavra primorosa esteta,
algo de belo e bom, calor ou luz.

Ó ilusório, ó doloroso anseio!
Inatingido ideal! Vaso de barro
apenas sou, de tosca forma e feio
- não taça de cristal, nem rico jarro.

Não gerei poema ou verso condoreiro,
nem sou cálida chama de um luzeiro
- mas cárcere de idéias, frágil lume.

Em vez de alçar um vôo, andei de rastro:
tentei da Via-Láctea ser um astro
nada mais sou que um pobre vaga-lume.

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