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VELHO TEATRO
Avelina Maria Noronha de Almeida
Em outro tempo aqui se ouviram palmas,
vibraram corações, e do talento
o brilho e a grandeza em quantas almas
despertaram ardor e encantamento.
Em vão quer o meu frágil coração,
entre mudas, inválidas paredes,
rever, com as tintas da recordação,
antigas chamas e longínquas sedes.
Apenas vejo pálidas cadeiras,
no cárcere do pó, entorpecidas
pelo triste destino das madeiras.
E, enquanto meu olhar se embaça, vou
meditando que existem muitas vidas
como o velho teatro que acabou.
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