sábado, 25 de janeiro de 2014

MEDO








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MEDO

Avelina Maria Noronha de Almeida



Assustam-me esses poemas
que surgem subitamente,
como num passe de mágica.

Eu os escrevo a medo,
com receio de que,
em algum lugar
onde nascem as inspirações,
dois poemas se encontrem,
enlacem-se amantes
e, feitos um só,
se separem depois
em duas partes,
exatamente iguais,
e desçam em cérebros diferentes...




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