quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

QUEIMADA



















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QUEIMADA

Avelina Maria Noronha de Almeida

O manto escuro
se estende
sobre montes e vales
matas e caminhos
casas e gente.

De repente
as mãos ágeis do fogo
começam a bordar
e os pontos rubros
vão se espalhando
imprevisíveis
num risco móbil.

Os primeiros traços
vão se apagando
outros vão nascendo
mais adiante.

Agora é quase
um colar flamejante
no colo arfante, lúbrico
da noite.

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